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  Memórias do subsolo

  Fiódor Dostoievski, Editora Hedra

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  "Memórias do subsolo" é um pequeno romance publicado em 1864. Considerada uma obra precursora do existencialismo e da psicanálise, traz na primeira parte o monólogo de um homem amargurado e amargo, um homem subterrâneo, sem nome ou relações sociais, um empregado aposentado, em cuja própria existência não vê nenhum sentido, e que se dirige diretamente ao leitor. Tenta envolvê-lo, convencê-lo e comovê-lo com hipóteses sobre si mesmo e sua possível redenção, talvez via a ação, nem que seja fazer o mal — para afinal concluir que o melhor é não fazer nada. Na segunda parte, numa espécie de fluxo de consciência (técnica narrativa que seria mais tarde levada ao limite por Joyce), surgem as duras lembranças de situações e discursos que, numa sociedade hierarquizada, submetem e emparedam os humilhados e ofendidos.Todo homem tem algumas lembranças que ele não conta a todo mundo, mas apenas a seus amigos. Ele tem outras lembranças que ele não revelaria nem mesmo para seus amigos, mas apenas para ele mesmo, e faz isso em segredo. Mas ainda há outras lembranças em que o homem tem medo de contar até a ele mesmo, e todo homem decente tem um considerável numero dessas coisas guardadas bem no fundo. Alguém até poderia dizer que, quanto mais decente é o homem, maior o número dessas coisas em sua mente.

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  Antes que o café esfrie 4

  Toshikazu Kawaguchi

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  Os frequentadores do mágico café Funiculì Funiculà conhecem bem a suafamosa lenda e a extraordinária oferta de uma viagem no tempo. Muitosclientes já vivenciaram essa incrível experiência, foram até lá com antigasdores e velhos arrependimentos, fizeram as pazes com familiares queridos– fizeram, principalmente, as pazes consigo mesmos – e visitaram seus entespreciosos. Mas essa viagem não é isenta de riscos, e há algumas regras a seguir.Em Antes que o Café Esfrie 4, conheceremos quatro pessoas que precisamviver essa experiência.O marido que tem algo muito importante a dizer à esposa em estadovegetativo; a mulher que não pôde se despedir de seu amado goldenretriever; a jovem que não soube aceitar um pedido de casamento;e a filha que desprezou o pai e agora está irremediavelmente arrependida.Uma pergunta, entretanto, não quer calar: se não é possível transformar arealidade, se o presente não muda... Para que viajar no tempo?

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  Crepúsculo dos Ídolos

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  O Crepúsculo dos Ídolos é uma obra filosófica provocativa e ousada escrita pelo renomado pensador alemão Friedrich Nietzsche. Neste livro, Nietzsche mergulha de forma incisiva na crítica às ideias e valores estabelecidos da sociedade de sua época, questionando e desafiando conceitos como moralidade, religião, cultura e filosofia. Com sua escrita perspicaz e contundente, Nietzsche desafia as convenções e convicções arraigadas, lançando uma luz intensa sobre os ídolos e preconceitos que moldam a sociedade. Ele convida o leitor a questionar as bases sobre as quais muitos valores e crenças são fundamentados, levando-o a refletir sobre a natureza da existência humana, a liberdade individual e o significado da vida. Em O Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche apresenta uma série de ensaios que abordam temas como a moralidade convencional, a crítica à filosofia tradicional, a análise da religião e suas influências sobre a sociedade, além de explorar conceitos como a vontade de poder e a busca pela superação dos limites humanos.

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  O milhafre

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  Integrante do livro "Prosas bárbaras", de Eça de Queirós, a fábula "O milhafre" traz a história de um homem que adentra uma casa singular, com uma estátua de um santo na entrada, que abriga andorinhas. Ele avança e encontra, numa sala escura, um crucifixo de madeira em estado lastimável. Decide limpá-lo, mas é detido por um grande milhafre, o qual faz um longo discurso sobre a condição da humanidade e sobre Jesus.

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  O Eco do Silêncio - Triologia...

  B.R. Sousa

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  This audiobook is narrated by an AI Voice.   
  📘 O Eco do Silêncio 
  Volume III da trilogia "Cinzas e Sussurros" 
  Após a destruição do Coração de Silêncio, Lyra Eclipse desperta num mundo em desequilíbrio. A magia está instável, os pactos antigos foram quebrados, e três fações ancestrais — Fadas, Vampiros e Metamorfos — exigem que Lyra pague o preço da sua linhagem. Mas ela recusa ser uma peça num jogo antigo. Declara independência, rejeita tronos e dívidas, e propõe algo impossível: criar uma nova lei mágica que equilibre o Caos sem o destruir. 
  Para forjar a Âncora de Equilíbrio, Lyra e Lian embarcam numa jornada épica pelas Montanhas do Silêncio, enfrentando memórias vivas, julgamentos ancestrais e a própria essência do tempo. Com a ajuda de aliados improváveis — um príncipe dos pesadelos, um cartógrafo de ecos, e uma vila de renegados — Lyra transforma dor em criação e convoca uma cimeira interplanar para propor uma nova ordem. 
  Mas a verdadeira ameaça não vem das fações. Vem do vazio. A Quietude, uma entidade que deseja apagar toda a existência, corrompe a Âncora por dentro, usando o eco de Silas — o amigo sacrificado — como arma. Lyra e Lian mergulham na alma do artefacto para resgatá-lo, enfrentando os fantasmas do passado e a fome de Vesper. 
  No confronto final, Lyra não luta com poder, mas com histórias. Tecerá uma tapeçaria de memórias, escolhas e emoções tão densas que nem o nada poderá apagá-las. E quando a Quietude hesita, Lyra oferece-lhe um propósito: tornar-se guardiã do silêncio no fim de todas as coisas. 
  "O Eco do Silêncio" é o culminar de uma saga sobre identidade, legado, sacrifício e criação. Lyra deixa de ser arma e torna-se arquiteta. A guerra termina. A paz começa. E a canção do equilíbrio continua.

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  Benditos olhos

  Gonzaga Duque

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  Extraído do livro "Horto de mágoas", do escritor, jornalista e crítico Gonzaga Duque, o conto "Benditos olhos!" traz um fluxo de pensamento do narrador em torno da mulher amada, tão amada que é por ele vista até mesmo nos olhos de uma santa na igreja. Um raro exemplo da prosa simbolista brasileira, cujo primor da forma é que salta aos olhos.

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