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  Diferentes ramificações da mesma religião constituem mais uma exceção do que uma regra e tiveram um impacto profundo na história. O cisma entre as Igrejas Ortodoxa e Católica influenciou as relações entre nações por toda a Europa e, a intolerância religiosa baseada em diferentes fés cristãs levou a perseguições e total violência por todo o continente durante séculos. A Reforma Protestante separou ainda mais o Cristianismo e os resultados culminaram na incrivelmente destrutiva Guerra dos Trinta Anos no século XVII. 
  	Atualmente, a separação religiosa mais importante é entre Sunitas e Xiitas no seio do Islão. Contrariamente a outras divisões de fé - entre Judeus Conservadores e Ortodoxos ou Cristãos Católicos e Protestantes -, a separação entre os Sunitas e Xiitas tem existido ao longo quase da própria fé e, rapidamente emergiu de tensões criadas por crises políticas após a morte do profeta Maomé. De certo modo, as diferentes formas do Islão que existem agora, surgiram essencialmente de fações políticas no seio da unidade de crentes muçulmanos. 
  	Ao longo de muitos séculos, os Cristãos têm praticamente conseguido viver ao lado dos seus correligiosos, mas a separação entre Sunitas e Xiitas é ainda tão pronunciada que muitos aderentes de cada ramificação veem-se mutuamente com desprezo, se não como apóstatas ou não crentes. A divisão religiosa é por ventura a mais importante descontinuidade no turbulento Médio Oriente de hoje, com nações Sunitas como o Egito e Arábia Saudita em desacordo com nações Xiitas como o Irão. A níveis mais baixos, grupos não-estatais como o Estado Islâmico e o Hezbollah estão a combaterem entre si de uma forma que atravessa fronteiras estatais, em lugares como o Líbano, o Iraque e a Síria. Apesar de ser tecnicamente uma separação na religião, a divisão tem tido ramificações substanciais e globais por décadas e parece que não há um fim à vista.

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