Rejoignez-nous pour un voyage dans le monde des livres!
Ajouter ce livre à l'électronique
Grey
Ecrivez un nouveau commentaire Default profile 50px
Grey
Abonnez-vous pour lire le livre complet ou lisez les premières pages gratuitement!
All characters reduced
O Nomos da Terra no direito das gentes do jus publicum europaeum - cover

Nous sommes désolés! L'éditeur ou l'auteur a retiré ce livre de notre catalogue. Mais ne vous inquiétez pas, vous pouvez toujours choisir les livres que vous souhaitez parmi plus de 500 000 titres!

O Nomos da Terra no direito das gentes do jus publicum europaeum

Carl Schmitt, Alexandre Franco De Sá, Bernard Ferreira, José Maria Arruda, Pedro Hermílio Villas Bôas Castelo Branco

Maison d'édition: Contraponto Editora

  • 0
  • 0
  • 0

Synopsis

Considerado um dos maiores juristas e pensadores políticos do século XX, Carl Schmitt (1888-1985) foi também uma das personalidades mais controvertidas da história intelectual contemporânea. Sua adesão ao nazismo em 1933 custou-lhe um longo isolamento que começou a ser revertido nas últimas três décadas. Desde então, sua obra vem sendo resgatada e seu pensamento, frequentemente alçado à condição de clássico.

  No conjunto de uma produção de aproximadamente cinquenta livros e trezentos artigos, que se estendeu por um período de quase setenta anos, "O nomos da Terra no direito das gentes do jus publicum europaeum", publicado em 1950, ocupa um lugar central: é um dos seus trabalhos de maior fôlego e extensão, e também o livro mais importante da última fase dessa longa trajetória intelectual. Representa uma mudança em relação aos estudos realizados pelo jurista até o início da década de 1930, prioritariamente voltados para o Estado e sua ordem interna.


    A partir de 1936, depois de frustradas suas principais ambições políticas no Terceiro Reich, Carl Schmitt se volta para o direito internacional. O livro de 1950 é o principal resultado dessa inflexão. Seu conceito central é a ideia de nomos. Com essa palavra grega, muitas vezes traduzida por "lei", Schmitt procura evitar uma compreensão do direito como sinônimo de norma legal. Para ele, o direito precisa ser compreendido em seu aspecto concreto, o que implica considerar, para além da regra abstrata, os processos de tomada, divisão e repartição do espaço, graças aos quais uma ordem ganha uma localização histórica particular. Daí a definição de nomos como uma unidade de ordenação e localização.


    O livro que o leitor tem em mãos apresenta uma narrativa da formação e declínio de uma ordem espacial planetária, o nomos da Terra, que teria se constituído a partir do século XVI com a crise do direito das gentes da Cristandade medieval, a ascensão do Estado moderno, a expansão do mundo europeu pelos mares mundiais e a descoberta e tomada das terras do Novo Mundo. Esses processos de alcance global estariam na base de uma ordem jurídica centrada na Europa, o jus publicum europaeum, cuja grande façanha histórica teria sido a circunscrição da guerra e a relativização da inimizade, ou seja, a contenção do potencial destrutivo dos conflitos bélicos. Nessa narrativa, o mundo do jus publicum europeum se manteve enquanto sua lógica espacial e política foi preservada.


    A partir de fins do século XIX, o caráter especificamente europeu e estatal dessa ordem se dissolve e suas estruturas espaciais são desfiguradas, culminando na Primeira Guerra Mundial. As consequências trágicas da dissolução do antigo nomos se tornariam então evidentes: nesse novo contexto, a guerra pode se tornar total e a inimizade, absoluta. Carl Schmitt escreveu "O nomos da Terra" em plena Segunda Guerra Mundial e sob o impacto de seus efeitos catastróficos. Sua reconstrução histórica do jus publicum europaeum, como apontam alguns intérpretes, tem algo de idealizado. Isso não torna menos relevantes as questões que o livro suscita. Em uma conjuntura em que a tecnologia reconfigura o espaço, em que se polemiza sobre o declínio da soberania estatal e as inimizades políticas se radicalizam sob o signo de convicções religiosas ou humanitárias, "O nomos da Terra" continua ser uma referência imprescindível para a compreensão do presente.


  Bernardo Ferreira

  Pedro Villas Bôas Castelo Branco
Disponible depuis: 26/04/2021.

D'autres livres qui pourraient vous intéresser

  • Qual o Sentido do Voto Nulo? - Reflexões Críticas sobre a Democracia e as Eleições - cover

    Qual o Sentido do Voto Nulo? -...

    André de Melo Santos, Edmilson...

    • 0
    • 0
    • 0
    “Votar nulo? Que absurdo! Tantos morreram pela democracia e agora aparecem essas figuras querendo anular o voto!”, gritam os democratas. Mas muitos “revolucionários” também gritam: “anarquistas! Inconsequentes! Infantis! Fazem o jogo da direita!”. Na verdade, o voto nulo assume várias formas e uma delas se fundamenta num projeto político e numa ampla reflexão teórica sobre a sociedade capitalista, o Estado, a democracia, as eleições, os partidos, a revolução, entre outros processos. O presente livro aborda a questão do voto nulo, democracia e eleições sob vários aspectos que contribuem para entender qual é o sentido do voto nulo.
    Voir livre
  • Marx e o Estado - cover

    Marx e o Estado

    David Adam

    • 0
    • 0
    • 0
    David Adam realiza, através de uma leitura rigorosa dos escritos de Marx, uma desmistificação da ideia falsa segundo a qual ele seria um estatista. Indo desde os escritos de juventude de Marx e chegando até os da maturidade, Adam mostra que ele sempre foi um crítico do Estado. David Adam esclarece a concepção de Estado em Marx, demonstrando que sua ideia de 'ditadura do proletariado' é mau interpretada, bem como mostra os equívocos de Bakunin em sua interpretação do autor de O Capital.
    Voir livre
  • Liberdade Sufocada - cover

    Liberdade Sufocada

    Luiz Augusto Flores

    • 0
    • 0
    • 0
    Esta obra é crítica de interesse público, baseada na verdade de quem viveu os fatos, é narrativa de fatos reais, liberdade de expressão e de imprensa sufocada, regime de APARTHEID, viagens, projetos, ações e investigações, experiências e exemplos de vida, depoimentos, poesias.
    Voir livre
  • Nossa ingratidão - cover

    Nossa ingratidão

    Pop Stories, Ruy Barbosa

    • 0
    • 0
    • 0
    "Seremos injustos em lançar à conta da Regência essa política de crimes a favor da escravidão?" Neste artigo de Ruy Barbosa intitulado "Nossa ingratidão", publicado no Diário de Notícias, o grande orador se defende das acusações da imprensa por ele supostamente não ter dado o devido crédito à Princesa Isabel no processo abolicionista.
    Voir livre
  • O Homem que venceu Getúlio Vargas - Uma batalha política um acerto de contas - cover

    O Homem que venceu Getúlio...

    Paulo Sergio Valle

    • 0
    • 0
    • 0
    Uma parte da história do nosso País volta à tona, revisitada, de forma a esclarecer detalhes que o tempo e os ditames da política se incumbiram de apagar. O homem que venceu Getúlio Vargas é um livro cujo personagem central vivencia uma verdadeira batalha entre sonhos e ideais, verdades e mentiras. Um acerto de contas que coloca a história novamente no seu rumo, sem temer o passado, sem subestimar os verdadeiros homens que autenticaram a política nacional.
    Voir livre
  • Karl Korsch e o Marxismo - cover

    Karl Korsch e o Marxismo

    Paul Mattick

    • 0
    • 0
    • 0
    O presente livro reúne ensaios de Paul Mattick sobre Karl Korsch. Korsch foi um dos mais importantes pensadores marxistas do século 20. Autor de obras fundamentais como Marxismo e Filosofia e Karl Marx, foi um dos principais representantes teóricos do comunismo de conselhos. Paul Mattick apresenta alguns textos sobre a obra de Korsch, resgatando seu pensamento e trazendo elementos de sua biografia que contribuem para entender sua formação e desenvolvimento intelectual, bem como sua contribuição ao marxismo. E, nesse contexto, ele traz as discussões de Korsch não só sobre marxismo, mas sobre a Revolução Russa, a filosofia, a revolução social, entre outros temas que foram abordados pelo marxista alemão. Paul Mattick, um representante mais jovem do comunismo de conselhos, é um pensador ideal para retomar o pensamento de Korsch e sua contribuição ao marxismo.
    Voir livre